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Autor brasileiro publica livro sobre a Polônia na II Guerra Mundial

“Enquanto formos vivos, a Polônia não perecerá - A Polônia dos campos de batalha da II Guerra Mundial” de José Antonio Mariano, 2020.


“Enquanto formos vivos, a Polônia não perecerá”, narra a história dos soldados, aviadores, marujos e lideranças civis poloneses que se espalharam pelos campos de batalha da Europa depois da derrota de setembro de 1939.

Entre setembro de 1939 e maio de 1945, a Polônia viveu os horrores da mais devastadora guerra já vista pela humanidade. Invadida pela Alemanha em 1º de setembro, as forças polonesas foram derrotadas em pouco mais de 15 dias no exato momento em que, do leste, os soviéticos atacavam, abocanhando o quinhão que lhe havia sido reservado pelo infame protocolo secreto do tratado Ribbentrop-Molotov. Como ocorreu em 1772, 1793 e 1795, o Estado polonês deixava de existir, dividido pela quarta vez em sua história pelos protagonistas usuais das partições anteiores: Alemanha (Prússia) e Rússia (URSS). “Começou ali, a mais desumana, brutal e horripilante ocupação a que um país já foi submetido ao longo da história, com alemães e soviéticos tentando dar cabo da nacionalidade polonesa, eliminando os traços de sua cultura, valores, símbolos, tudo o que dava sentido ao “ser polonês”, afirma José Antonio Mariano, autor do livro.

De imediato, os alemães deram corpo ao seu projeto de extermínio de judeus e poloneses, instalando guetos e campos de concentração e extermínio, expropriação das propriedades polonesas, assassinato da intelectualidade e elite cultural do país como o ocorrido a 2 de julho de 1941, quando tropas SS e auxiliares ucranianos iniciaram o que ficou conhecido como o "Massacre dos professores de Lwów". “Os alemães mataram 45 professores e suas famílias - muitos a baioneta e a marteladas -, uma fração dos 120 mil que assassinaram na cidade e no campo de extermínio de Bełżec, ali próximo”. Na área de domínio soviético, as prisões e deportações se seguiram ao processo de sovietização da nação polonesa, com o esvaziamento das universidades, substituição de disciplinas pela ideologia marxista. “O złoty, moeda nacional, foi retirada de circulação sem nenhuma conversão para o rublo recém-introduzido o que significou a ruína para muitos poloneses que viram suas economias evaporarem da noite para o dia”.

Depois da derrota em sua pátria, os poloneses que conseguiram escapar dos gulags soviéticos e da matança de Katyń - quando quase 22 mil oficiais e civis foram assassinados, num dos maiores crimes de toda a guerra - rumaram para o Ocidente, onde passaram a tripular caças e bombardeiros da RAF, navios e submarinos poloneses. “Em terra, os poloneses combateram os alemães onde foi possível; Noruega, África do Norte, Itália, França, Bélgica, Holanda, protagonizando alguns dos maiores combates do conflito como os de Monte Cassino, Falaise e Arnhem”. No leste, Stalin reuniu o que restou da oficialidade que não havia sido chacinada em Katyń, e formou dois exércitos que sob o comando de generais poloneses comunistas - Berling, Świerczewski e Popławski - alcaçaram seus dias de glória quando dos violentíssimos combates pela tomada de Berlim.

O livro aborda ainda o conluio entre alemães e soviéticos para a destruição da Polônia (com direito a reuniões executivas entre a Gestapo e o NKVD), as questões políticas na formação do governo polonês no exílio, a morte do General Sikorski, as desavenças entre este e os britânicos, a postura de Londres e Washington que tentavam silenciar os clamores poloneses em relação aos soviéticos. O levante de Varsóvia, a mais espetacular ação de uma organização antinazista, e que ainda coloca historiadores poloneses em campos opostos com relação à necessidade de sua deflagração, é um dos pontos centrais do livro. “Tão importante quanto o levante, recheado de atos crueis e de um barbarismo quase indescritível, foram as ações alemãs posteriores com a implosão de vários símbolos poloneses e a destruição sistemática de boa parte do patrimônio cultural de Varsóvia”.

A narrativa não se encerra em 8 de maio de 1945, quando da rendição alemã. Ela prossegue pelos anos de ocupação soviética, com a luta das unidades guerrilheiras remanescentes contra o poder stalinista, registrando a contribuição que muitos poloneses comunistas deram para a escravização de seu próprio povo pelos novos senhores, a ideologização de toda a vida polonesa e as engenhosas saídas encontradas pelos poloneses para subverter a ordem de Moscou. “A guerra, para a Polônia, terminou em 1989; depois de 50 anos de um morticínio indizível e de uma submissão abjeta, fica claro que foi somente o sentido de nacionalidade da alma polonesa que foi capaz de manter a Polônia viva, mesmo quando mantida sob o tacão das duas mais sanguinárias ditaduras da história; os corpos de seus soldados, enterrados por toda a Europa, são uma amostra do apreço da Polônia pela liberdade, incluindo a de outros povos”.


Sobre o autor: José Antonio Mariano é jornalista, estudioso de temas militares há quase 40 anos; atualmente é psicanalista clínico em São Caetano do Sul, São Paulo. Seu livro é o único em português que cobre toda o período de luta dos poloneses entre 1939 e 1989.


Contato:

11 97052-1229, joseantoniomariano@gmail.com

Para aquisição do livro:

Ebook - https://amzn.to/2N8FkFw Físico - https://amzn.to/2Tr9VlG Facebook - https://www.facebook.com/polonianasegundaguerra Site: https://psimariano.wixsite.com/meusite


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