A Revolta de Varsóvia (1944)

A Revolta de Varsóvia ocorrida em 1944 foi uma tentativa do governo polonês de retomar o controle da Polônia que estava ocupada pelos nazistas e comunistas desde a invasão iniciada em 1 de setembro de 1939. Após 5 anos de ocupação, a Polônia já não tinha mais em seu território as suas forças armadas devido as grandes baixas causadas nos conflitos da invasão. Após a invasão, milhares de militares poloneses foram presos e boa parte foram assassinados. Aqueles que sobreviveram após fugir da Polônia, se concentraram no Reino Unido juntamente com o governo polonês que ali ficou exilado sob a proteção dos ingleses. Devido a essa ausência de uma força militar na Polônia, o governo polonês criou uma resistência armada para conflitar os alemães e assim tentar retomar o poder da Polônia para o governo polonês. Quando os alemães e soviéticos invadiram e dividiram a Polônia em 1939, essas duas nações ainda não eram inimigas, mas 5 anos depois, em 1944, no ano da revolta, os alemães e soviéticos já estavam em guerra uma declarada. Ou seja, não eram só os alemães que queria o controle e ocupação da Polônia, os soviéticos também queriam. Sendo assim, o governo polonês e a resistência, que eram anticomunistas devido as mágoas da invasão soviética em 1939, tinham pela frente não só os alemães, mas também os soviéticos que estavam esperando a oportunidade de tomar o poder. Dessa forma, o desafio que a resistência polonesa tinha, era vencer os alemães e tomar o controle da Polônia antes dos soviéticos. Porque naquela época funcionava mais ou menos assim pessoal: quem libertasse um país de uma ocupação por exemplo, meio que assim, tinha o “direito” entre aspas, de estabelecer seu governo naquele país. Então foi por esse motivo que os soviéticos durante muito tempo não ajudaram os poloneses a tomarem o poder, pois como eles queriam o controle da Polônia para si próprios, teriam que esperar que os poloneses perderem todas as suas forças para depois então invadir a Polônia e liberta-la dos alemães, somente assim eles poderiam estabelecer na Polônia um governo comunista. A revolta teve inicio em 1 de agosto de 1944, sob o comando do general polonês Tadeusz Komorowski que estava responsável pelo controle da resistência polonesa. Aqueles que não faziam parte diretamente da resistência ajudavam como podiam, fornecendo abrigos, alimentação, cuidados médicos e assim por diante. A revolta durou exatos 63 dias de conflito intenso na cidade de Varsóvia, chegando ao seu fim em 2 de outubro quando a liderança da resistência assinou um tratado de rendição, pois já era visível que a revolta foi um fracasso e não teria sentido continua-la. Assim, ao assinar o tratado da rendição, os membros da resistência receberam o estatuto de prisioneiros de guerra. O resultado de todo esse conflito foi a morte de aproximadamente 10 mil membros da resistência, 17 mil foram capturados e outros milhares foram considerados desaparecidos ou fugitivos. Além disso, 500 mil pessoas fugiram ou foram expulsas da cidade, mais de 150 mil civis foram mortos, 85 mil foram enviado para campos de trabalho forçado e 65 mil para campos de concentração. A cidade de Varsóvia ficou quase que completamente destruída, em várias localidades chegou até mesmo a ficar irreconhecível. Em janeiro de 1945, após toda a rendição e fracasso da resistência, os soviéticos puderam então realizar uma ofensiva contra os alemães. Após a libertação de Varsóvia em 17 de janeiro, a união soviética não encontrou resistências anticomunistas que dessem muito trabalho, então de forma fácil, estabeleceu um governo comunista na Polônia e anexou o pais aos seus poderes.